GCM-GAT desmantela esquema de cárcere privado e tráfico de drogas em Ponta Grossa
Na tarde de sexta-feira (1º), por volta das 14h, a equipe GAT-Bravo, do Grupamento de Ações Táticas da Guarda Civil Municipal de Ponta Grossa, foi acionada para apoiar o Conselho Tutelar em uma ocorrência de cárcere privado, com denominações de tráfico de drogas, na Rua Vila Velha, no bairro Gralha Azul, região do Contorno.
A ação conjunta com o conselho tutelar confirmou que uma menor, D, estava sendo mantida contra sua vontade no local. Ela relatou que seu namorado, J, a impediu de sair de casa, ameaçando-a de morte caso tentasse retornar para a residência da família.
Além da menor, outras seis pessoas foram encontradas na casa, incluindo C, irmã do suspeito e mãe de uma criança de dez meses, a irmã mais nova, S, e dois homens, L e G Durante a revista pessoal, nada de ilícito foi encontrado com os homens, mas, sobre uma mesa, os agentes localizaram uma pequena quantidade de substância análoga à maconha, que pesava 3,5 gramas na delegacia.
Na revista completa da residência, os agentes localizaram mais um invólucro de substância análoga à maconha pesando 44 gramas, além de um pote contendo 182 sementes para plantio de maconha. No quarto também foram encontrados quatro invólucros de substância análoga à cocaína, com peso total de 2,5 gramas, e 32 pacotes de seda. No quintal, havia três pés de maconha plantados: um pertencente a D. e os outros dois a J. Uma balança de precisão foi localizada em um barraco nos fundos do terreno, em pleno funcionamento.
Questionada sobre a situação, C., irmã do suspeito, informou que foi até a casa para lavar roupas e confirmou que seu irmão, J., traficava drogas no local. Ela relatou ainda que ele ofereceu os pacotes de seda aos compradores e que mantinha D. em cárcere privado, acrescentando-a fisicamente. C. também informou que L. estava hospedado em residência para consumir drogas, enquanto G. teria ido até lá para adquirir entorpecentes.
Diante dos fatos, a equipe deu voz de prisão aos maiores de idade e de apreensão à menor S. Todos foram prazos até a 13ª Subdivisão Policial (SDP) para os procedimentos cabíveis, sendo os homens algemados, conforme a Súmula Vinculante 11 do STF. A menor apreendida foi levada pelo Conselho Tutelar.
A vítima, D., ainda contou que convivia com o suspeito J. há três anos, mas que, há cerca de um mês, foi mantido em cárcere privado por ele, que, por ciúmes, agrediu fisicamente. Segundo D., J. comercializava drogas em casa, e dois celulares, possivelmente usados nas negociações, foram apreendidos no local.